sábado, 16 de abril de 2011

João Hélio, 6,2007,4 e 1,7. Esse nome e esses números te lembram algo?


Do que estou falando? Já esqueceu? Poxa então vamos "passar o espanador" na memória (como dizia um velho amigo):

Rio de Janeiro, ano de 2007, o menino João Helio, de 6 anos, foi arrastado por 7 quilômetros, quando 4 homens e 1 menor, ao assaltar a mãe de João Hélio, arrancaram com o carro. O menino morreu de uma forma lamentável. Eu fico me imaginando no lugar daquela mãe que viu essa cena ou no lugar do pai do menino.

Bem mas qual o motivo de lembrarmos esse fato tão triste?

Simples:

O juiz da Vara da Infância e da Juventude do Rio, Marcius Ferreira, concedeu, no último dia 8 de abril, a progressão do regime de semiliberdade para o de liberdade assistida a Ezequiel Toledo da Silva, o único menor envolvido na morte do menino João Hélio, em 2007. Segundo o magistrado, o Estatuto da Criança e do Adolescente está sendo rigorosamente cumprido.

Ezequiel ficou três anos internado, o prazo máximo determinado pelo ECA. “Durante este período, ele cumpriu todo o 2º grau e, inclusive, fez a prova do Enem, obtendo grau positivo”, explicou o magistrado. Em fevereiro do ano passado, após o fim da medida de internação, ele recebeu a primeira progressão para a semiliberdade.

“Neste período, Ezequiel demonstrou integração familiar e social. Ele está se esforçando para se reintegrar na vida em sociedade”, disse o juiz.

Segundo a decisão, na liberdade assistida o adolescente fica em liberdade, mas continua com acompanhamento da equipe de psicólogos e assistentes sociais da Vara. Em no máximo seis meses, quando ele completar 21 anos, será feita uma reavaliação, podendo o processo ser extinto ou o jovem continuar sendo acompanhado.

O fato interessante é que um dos envolvidos, Diego Nascimento da Silva, de 18, foi condenado por 44 anos e três meses de detenção. O Thiago Abreu Matos, de 19, pegou pena de 39 anos de prisão e o menor na época (17 anos) Ezequiel praticamente está "livre". É muito claro que a justiça e essas leis do Brasil estão defasados e há algo de muito errado em tudo isso. Como um rapaz de 18 anos que comete um crime, pega 44 anos e três meses de prisão e o outro de 17 anos em 3 anos está praticamente "liberto"?

Definitivamente o Brasil precisa rever isso. Ou quantos filhos ainda serão mortos dessa ou de formas piores para os nossos líderes decidirem melhorar esse quadro? E nós mesmos, até quando veremos essas trajédias sem tomarmos iniciativas que produzam resultados concretos?

Vamos analisar e mesmo aos poucos começar a observar o que podemos fazer para melhorar tudo isso...E que "nenhum" dentre tantos como o menino João Hélio sejam jamais esquecidos!

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