quinta-feira, 30 de junho de 2011

Verbiando...



É velha conhecida dos linguistas a regra da quarta proporcional. Assim: se a criança sabe que o futuro do verbo comer é "comerei", ao conjugar o futuro de trazer, ela pode dizer "trazerei". Esta é a quarta proporcional, um fato lógico, enquanto "trarei" é um fato de língua, que se adquire com a experiência progressiva do idioma.

A regra pode ser aplicada a situações sociais mais complexas: Se alguém ofende judeus e é socialmente classificado como racista ou antissemita, parece lógico que ofensas dirigidas aos negros tipifiquem o racismo. Aliás, o antissemitismo, como bem mostra o antropólogo Louis Dumont em Homo Aequalis, é a forma princeps do racismo no Ocidente.

Trata-se de um tipo simples de raciocínio que pode servir para dirimir certas dúvidas quanto às ambigüidades da discriminação. Não comparece aqui nenhum vezo acadêmico, mas um exercício de observação de imprensa, considerando-se as repercussões do episódio "Monteiro Lobato/bloco carnavalesco "Que merda é essa?" sob o pano de fundo do incidente em Paris com John Galliano, estilista da Casa Dior (ver, neste Observatório, "Monteiro Lobato vai para o trono?" e "Monteiro Lobato não precisa de buzinadas").

Eugenia rediviva

Todo mundo está a par, mas vale um pequeno resumo. De cara cheia do que não se sabe, o estilista que veste (agora, vestia...) celebridades insultou judeus em pleno Marais (bairro parisiense com uma presença numerosa de comércio e moradores judeus), além de proclamar o seu amor por Hitler. As conseqüências foram imediatas: Galliano não só foi demitido da Dior como as roupas que ele assinara para as atrizes da festa do Oscar deixaram de ser usadas. "Ele me enoja" foi a frase-síntese da atriz Natalie Portman para o episódio.

Agora apliquemos a regra da quarta proporcional a um caso fictício em que um estilista da língua, um bom escritor se refira ao povo de Israel nos mesmos termos em que Monteiro Lobato se referia aos negros, por exemplo, nos textos transcritos pelo jornalista Arnaldo Bloch na página "Logo" de O Globo (2/3/2011). Pergunte-se: o que aconteceria? Haveria escritor, editor ou colunista atestando que não havia racismo nenhum, que os tempos eram outros, que é ridículo buscar cabelo em ovo, que a consciência infantil jamais seria afetada pelas imagens de rebaixamento e que, no fundo, imaginação literária não é imagem em ação?

Temos certeza de que não haveria. Por quê? Pelo simples fato de que a comunidade judaica aprendeu a repelir a infâmia do racismo. Primeiro, ela sempre soube, por sua milenar tradição intelectual, da importância de se ter autoridade semântica sobre si mesmo; segundo, por meio do sofrimento infligido à consciência pela disseminação, realmente virótica, dos estereótipos negativos. O humor judaico conhece a diferença entre as auto-ironias e o discurso da infâmia.

Ora, dirão, os tempos eram outros, até mesmo da pena esclarecida de um Sérgio Buarque de Hollanda partiu em certo momento (1920) um juízo negativo sobre a mestiçagem. Muito antes disso, entretanto, intelectuais brasileiros como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa entenderam perfeitamente o papel desempenhado pelos africanos e seus descendentes na formação do povo nacional. Aliás, todos os próceres abolicionistas, claros ou escuros – Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, José do Patrocínio, Luiz Gama e outros – eram atravessados por uma espécie de "espírito" educacional, que não podia comportar juízos "lobatianos" sobre a condição negra.

O abolicionismo era em si mesmo um movimento educacional no sentido amplo da palavra, porque se tratava de preparar as elites dirigentes para o ingresso da nação brasileira no século 20 sob o signo de uma modernidade (de inspiração liberal e européia) incompatível com a escravatura e já muito atrasada frente à conjuntura internacional. Os intelectuais abolicionistas eram educadores coletivos, porque representavam aquilo que Nietzsche chamaria de "autoridade imperiosa em matéria de cultura" (a exemplo de Goethe, Hegel ou Schopenhauer na Alemanha). Por isso, podiam ser implicitamente reconhecidos como "instrutores públicos" ou indicadores da necessidade histórica de se mudar toda uma estrutura anacrônica.

Por outro lado, havia a eugenia, nome da pseudociência surgida em fins do século 19, com o fim de "melhorar" geneticamente a espécie humana, assim como se pode experimentar com animais. Era um anacronismo que arrefeceu nos EUA por volta dos anos 1930, transferindo-se para a Alemanha nazista, onde fez carreira. Além de anacrônico, era um pensamento violento, porque não disfarçava o desejo de morte do Outro considerado geneticamente inaceitável e, por derivação, culturalmente rebaixado pela consciência investida do pior do universalismo europeu. Mesmo deixando de lado o nome próprio, às vezes falando em nome da genética, a eugenia persistiu ao longo do século em escritos de antropólogos, sociólogos, ficcionistas, jornalistas e, pior de tudo, nas falas de professores que os recitavam para platéias em formação.

Recado entendido

Monteiro Lobato está agora em foco precisamente porque era um militante do movimento eugenista, com coragem para dizer o que pensava e sentia. "A escrita é um processo indireto de fazer eugenia", repetia ele, como que deixando aberto o convite, para além do que explicitava em suas cartas, a que se pesquisasse o conteúdo subliminar eugenista em seus textos. Era, reiteramos, racista confesso, sem meias falas. Ignorância é o encobrimento desse dado histórico.

Por que se encobre? Podem ser muitas as respostas, mas simplifiquemos um pouco com a hipótese da existência nas elites brasileiras de um "princípio do avestruz", essa ave que, segundo a mitologia popular, enterra a cabeça na areia para não ver aquilo que teme. Na prática, o struthio camelus é bicho de visão e audição aguçadas, capaz de formidáveis patadas, se ameaçado. Mas o mito lhe atribui esse estranho comportamento, que costuma repercutir na vida real. A mídia, por exemplo, que é intelectual coletivo das classes dirigentes, caixa de ressonância dos fantasmas elitistas, sabe bem a hora de meter a cara no buraco.

Não é um princípio que se aplique a todas as situações espinhosas. Se um economista apresenta a realidade da discriminação em números e com a terminologia de praxe, as pessoas são capazes de assentir com a cabeça, a imprensa escrita é capaz de publicar com destaque a apresentação. A coisa toda pode até incomodar um pouco, mas o economês é discurso de poder, logo, tem vias de trânsito, ainda que levante contradições.

O problema aparece de fato quando o discurso antidiscriminatório tem conotações políticas com rebatimento sobre o plano das relações interpessoais. Aí o bicho pega e comparece o princípio do avestruz: ver o real é assustador. Como "ver" que aquele escritor com que nos embalaram desde a infância e cuja obra resultou naquela série de televisão tão afetuosa e tão vendida no exterior era pior do que o estilista John Galliano, já que não precisava sequer encher a cara ou o nariz para dizer o que pensava? Sobre a mídia ou sobre o cotidiano de cada cidadão, paira o princípio do avestruz como uma espécie de garantia para que não se veja a ignorância própria ou não se veja o tamanho da própria coragem existencial, certamente ínfimo diante da coragem de Lobato que, como frisamos, assinava embaixo da infâmia.

Não se trata, portanto, de censura nem de aplicação do "politicamente correto". Trata-se, sim, de dar nome aos bois, de encarar o real e aprender coletivamente a lidar com os paradoxos, as contradições e as ambigüidades de que também é feito o nosso meio vital, esse "mundo da vida" de que tanto fala o ilustre alemão Jürgen Habermas. Monteiro Lobato e sua literatura fazem parte do mundo da vida nacional.

Mas o Estado-Nação brasileiro ainda não está concluso: deve-se, mais do que nunca, continuar a ler Lobato, apenas, quem sabe, com o cotejo de predecessores como Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, José do Patrocínio ou de autores contemporâneos com uma visão mais generosa da espécie humana. Enfim, é preciso recuperar um pouco do espírito de instrução pública que bafejou o Brasil nas lides abolicionistas e republicanas. A mídia – será apenas a televisão? – tem-nos feito esquecer a brasilidade oitocentista, que presidiu ao nascimento da Nação independente, soterrando-nos com lixo cultural reciclado.

Não procede a afirmação de que esse tipo de revisão é coisa de acadêmico. Academicamente, já fui orientador de tese de doutoramento sobre a literatura de Lobato, sem que se levantasse o tópico do racismo. Não eram majoritariamente acadêmicos aqueles que se incomodaram com a camiseta do bloco carnavalesco em que Lobato sambava com uma negra. Pareceu-me gente que entendia do recado: ele poderia dançar fox-trot, jamais sambar, muito menos com uma negra ou mulata.

Mais embaixo

Aqueles que se manifestaram na rua eram membros dessa coorte crescente de cidadãos cada vez mais inspirados pelas lições anti-racistas da comunidade judaica. A "pretalhada" (termo lobatiano) é mesmo "inextinguível" (termo lobatiano) e está em luta pela representação social. Para quem quiser ampliar até a substância a metáfora do avestruz, vale tomar nota de que a carne dessa ave já não é rara em supermercado: enterrou a cabeça, dançou. Ao jornalista-avestruz, congelado na restituição "afetuosa" do passado, vale a advertência cantada por Zeca Pagodinho: "Camarão que dorme a onda leva".

Por isso tudo foi muito interessante a página "Logo" de O Globo. Transcrevendo trechos inequívocos de textos de Lobato em caixa alta, o jornalista Arnaldo Bloch, jovem e esclarecido membro da comunidade judaica do Rio de Janeiro, deu um recado implícito aos profissionais da leviandade: o buraco é mais embaixo. É assim mesmo que se deve entender o tom do recado. Arnaldo, se bem me lembro, foi da turma do saudoso Bussunda na ECO (UFRJ), na época em que dirigi a escola. Saudoso, sim, pois Bussunda, membro daquela mesma comunidade do Arnaldo, era um iconoclasta que contornava saudavelmente a hipocrisia do "politicamente correto".

Saudavelmente? Sim, na contracorrente do princípio do avestruz e longe, muito longe, da infâmia raivosa.

Brasil precisa cumprir sentença da OEA sobre Araguaia

Brasil precisa cumprir sentença da OEA sobre Araguaia, diz jurista

O professor Fábio Konder Comparato, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, disse que é preciso discutir a responsabilidade do Estado no cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a Guerrilha do Araguaia. Ao participar hoje de audiência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Comparato disse que o Brasil romperá com a ordem internacional se desrespeitar essa decisão.

Em dezembro de 2010, a corte culpou o Brasil pelo desaparecimento de 62 integrantes da guerrilha, que foi organizada pelo PCdoB no início dos anos 70 na região do Bico do Papagaio (divisa dos estados de Tocantins, Pará e Maranhão) e classificou o fato como crime contra a humanidade. O Estado também foi condenado a devolver os restos mortais às famílias.

Para Comparato, o debate não deve levar em conta o conflito entre a decisão da corte e o julgamento anterior do Supremo Tribunal Federal (STF). A sentença da OEA é contrária a uma decisão do STF de maio de 2010, que considerou anistiados todos os crimes políticos e conexos cometidos durante o governo militar, por agentes do Estado ou por militantes políticos contrários à ditadura.

Punição
A diretora do Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil Brasil), Beatriz Affonso, ressaltou na audiência que a sentença da OEA determina a tipificação do delito do desaparecimento de pessoas. “Deve ser punido quem fez desaparecer e quem hoje oculta informações”, disse. A Cejil Brasil representa familiares de 53 vítimas.

Após a decisão da corte, o governo federal ampliou o grupo de buscas por restos mortais de integrantes da guerrilha. Esse grupo era formado apenas por militares e passou a incluir representantes da Comissão de Desaparecidos Políticos e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Beatriz Affonso lembrou, no entanto, que a sentença também determina a participação de familiares nas buscas. Ela defendeu, ainda, a participação do Ministério Público nas buscas.

A audiência ocorre no Plenário 9.

Concurso nacional de fotográfia



4? Concurso Nacional de Fotografia - Retratos da Vida

domingo, 12 de junho de 2011

Artigo de José de Paiva Netto: "Sejamos sempre como namorados"


Pessoal trago à todos um artigo que muito me ajudou a entender o verdadeiro sentido do tão falado "AMOR" que sempre nessa época o lembramos e as vezes, deliramos, viajamos ao pensar sobre, meditem nessas considerações e boa leitura:


Doze de junho, Dia dos Namorados!

Quando a gente ama, as épocas vão passando, e até as marcas do rosto do ser amado tornam-se beleza. É igual a um bom vinho. Ele é sempre melhor com o decorrer dos anos, desde que não o deixemos azedar.
O saudoso Alziro Zarur (1914-1979), poeta, costumava dizer: “O Amor é todo o encanto da vida. A vida sem Amor não vale nada”.

A beleza do Espírito — Mas, se Você namorar uma moça, noivar e casar com ela só por causa da formosura, poderá dar-se mal, pois a fascinação exterior passará como o vento. Contudo, se for unir-se porque tem Amor, o encanto físico poderá não mais existir com o tempo; porém, Você a amará como a amou quando era jovem.

Assim também pode ocorrer com relação às moças: se for juntar-se ao rapaz apenas porque ele possui um tórax avantajado, no futuro aquele físico murchará. E o seu Amor? Fenecerá com ele? Que Amor é esse, então?! Não terá passado de um sentimento falso. Mas, se constituir matrimônio com um homem por amá-lo verdadeiramente, a felicidade crescerá como as árvores seculares, porque o bem-querer será infinito.

A beleza é uma coisa primorosa. O Amor, porém, é muito maior do que tudo isso. Ele estabelece a simpatia. E este é o atrativo que não morre, a graça eterna do Espírito. Nem a morte separa os que se amam.

Lembro-me de um belo canto do saudoso Alziro Zarur, no seu poema “Aos Casais Legionários”: “Não é o corpo que atrai: / É o Espírito que ama”. (...)

O princípio básico do Ser — O Amor, acima de tudo, antes de ser carnal, deve provir da Alma. Do contrário, pode morrer na noite de núpcias...

(...) Se amamos de verdade, até para a luta comum nos tornamos mais fortes. Nada ensombrece o nosso destino. Pelo contrário, robustece dentro de nós aquilo que possuímos de mais valioso, que é a coragem sustentada em Deus, aquela em que se devem alicerçar as outras boas qualidades humanas e espirituais. Por isso o Amor é o inesgotável combustível dos que têm e vivem um grande e verdadeiro ideal. (...)

E, se Você não crê que exista um Poder Supremo atento às suas dificuldades, lembre-se de que os bons sentimentos são a sustentação de sua vida, de tal forma que esteja em paz consigo mesma ou consigo mesmo.
O essencial é que, passados os anos, criados os filhos, vencidas as dores e os empecilhos, vivamos sempre como namorados!

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, é Presidente das Instituições da Boa Vontade.

Espero que esse texto produza em todos os mesmos benefícios que proporcionou à mim!

Obrigado e sucesso!

David
Twitter: @Davidfg144
Blog: http://metamorphosesambulantes.blogspot.com/

sábado, 4 de junho de 2011

BOCA QUE FALA, PODE NÃO MAIS FALAR.


No intuito de tentar intimidar e silenciar quem ainda faz Jornalismo de verdade, a ditadura dos meliantes formula mais um atentado à liberdade de expressão. Acuado por denúncias que o desestabilizam, o governo do crime organizado bota sua base amestrada para aprovar, a toque de caixa, o inconstitucional projeto de lei que tipifica o crime de violação e vazamento de sigilo investigatório. O mais grave é que grande parte do Poder Judiciário é favorável a tamanha excrescência bolada pelos usurpadores do Estado e seus agentes de influência.

Jornalistas poderão ser indiciados por revelar ou divulgar de fato que esteja sob investigação, em qualquer tipo de procedimento oficial. A pena prevista para quem desafiar tal Lei da Mordaça é de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Atendendo aos interesses da petralhada no poder e seus comparsas, o plenário da Câmara deve aprovar, em breve, o projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PR-GO) que torna crime a violação e vazamento de sigilo investigatório. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou ontem este monstrengo jurídico que também tem o objetivo subliminar de neutralizar a Lei da Ficha Limpa – impedindo a divulgação de políticos com problemas judiciais.

Passou o substitutivo do relator, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), que define o crime como "revelar ou divulgar fatos ou dados que estejam sendo objeto de investigação criminal sob sigilo". Na verdade, os políticos legislam em causa própria. Até janeiro deste ano, segundo dados consultados em Tribunais Regionais Eleitorais, pelo menos 155 deputados federais e senadores respondem a processos criminais ou cíveis – que os tornariam inelegíveis, se o princípio ético fosse aplicado na política tupiniquim.

Pelo menos 114 deputados são alvos de 243 inquéritos e ações penais no Supremo. Em 78 casos, a Justiça encontrou elementos para transformar 51 deputados em réus, acolhendo parecer do Ministério Público Federal por entender que há fortes indícios de envolvimento dos acusados nos crimes atribuídos a eles. Hoje 136 congressistas (22 senadores) acumulam 293 processos (50 envolvendo senadores) no STF. Os políticos são acusados ou suspeitos de crimes de trabalho escravo, corrupção passiva e ativa, estelionato, crime contra o sistema financeiro e a ordem tributária, coação, lesões corporais, crime contra a liberdade pessoal e até homicídio qualificado.

Como um quinto do Congresso parece fazer formalmente parte do Mundo do Crime Organizado, o interesse imediato da classe política é impor uma Lei da Mordaça invocando o questionável direito ao sigilo sobre a investigação de seus crimes – na maioria das vezes cometido contra a coisa pública.
Separa depressa

Numa votação relâmpago o plenário do Senado aprovou ontem projeto de decreto legislativo que prevê a realização de um plebiscito, ainda esse ano, para decidir sobre a criação do estado de Tapajós.

O projeto aprovado prevê que a consulta à população paraense será sobre o desmembramento da área do Pará onde se situam 27 municípios localizados na parte oeste do estado, onde vivem 1,7 milhão de pessoas (metade da população paraense).

No mesmo plebiscito a população vai dizer se concorda ou não com a criação de outro estado, o de Carajás, a ser criado com o desmembramento de municípios ao sul e sudeste do Pará.

Stalinismo educacional

Os petistas revelam seus instintos autoritários sempre que podem.

Ontem, em audiência pública no Senado, o prestigiadíssimo ministro da Educação, Fernando Haddad, fez uma gracinha ao comentar uma crítica do senador Álvaro Dias, que comparou os livros didáticos do MEC, fazendo menção ao ditador soviético Josef Stalin.

Alegando que seria uma atitude fascista recolher os exemplares distribuídos de livros de história, Fernando Haddad stalinizou:

O Stalin lia os livros antes de fuzilar os inimigos”.

Pelo que ele disse, sorte nossa que o nosso Extalinácio detesta ler livros...

Contra o kit burrice

O advogado Luciano Blandy com uma ação popular manifestando indignação com os erros de português encontrados no livro “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, Aprender”, distribuído nas escolas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).

A publicação foi adotada e adquirida pelo Programa Nacional do Livro Didático – Educação de Jovens e Adultos (PNLD EJA) e seria utilizada em mais de 4 mil escolas públicas do País para a Educação de jovens.

Blandy pediu que o MEC recolha todos os livros, que a Global Editora e Distribuidora LTDA devolva os valores recebidos com a venda ao órgão da educação e que o ministro da Educação, Fernando Haddad, indenize erário público pelo valor pago à Empresa de Correios e Telégrafos.

O caso está com o juiz Federal, Eurico Zecchin Maiolino, que pode tornar ainda mais complicada a vida do stalinista Haddad.

TST decidiu

O Tribunal Superior do Trabalho inovou ao proferir decisão eximindo a responsabilidade da empresa de pagar horas extras e reflexos decorrentes do aumento de jornada.

O TST julgou um caso concreto de um funcionário que perdeu sua função em razão do avanço tecnológico, foi remanejado para outra função e houve aumento em sua jornada de trabalho sem aumento salarial.

O Tribunal levou em conta que a negociação teve como objetivo principal preservar o emprego do trabalhador.

Muito provavelmente, esse entendimento pode ser aplicado em outros casos que envolvam empresas em crise financeira, já que os processos devem levar em consideração a realidade envolvida e não apenas a legislação vigente.

Os advogados Ana Carolina Moraes Navarro, Antonio Carlos Santarosa Junior, Daniela Dalfovo, Gleynor Alessandro Brandão comemoraram a vitória no TST.

Governo comemora

Para alegria dos governos, o TST estabeleceu que o tomador do serviço tem a responsabilidade sobre os pagamentos dos empregados, no caso da prestadora do serviço deixar de fazê-lo.

Assim, o poder público não pode ser responsabilizado por dificuldades que empresas terceirizadas tenham com seus funcionários.

Por esta decisão, empregados de companhias contratas por órgãos municipais, estaduais e federais que ficarem sem receber salários ou encargos, não poderão cobrar as empresas em que são funcionários e o ente público que contratou os serviços.

As terceirizações ficam complicadas porque, na prática, o trabalhador não tem mais a certeza de que irá receber tudo o que lhe é devido em função do vínculo empregatício.

Coisas que nenhum jornal escreve, nenhuma revista pública, nenhuma emissora notícia, você só vai ler aqui, por que é possivel calar a voz, mais os pensamentos não podem ser controlados, essa é a missão do blog BOCA QUE FALA NÃO CALA de não deixar passar nada, denunciar, provocar, instigar o raciocinio de quem lê este artigo e faze-lo um transformador em potêncial. Este blog é feito por gente que acredita que tudo pode ser melhor, por que acreditamos e lutamos por um digno presente com uma humanidade muito mais feliz.


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