domingo, 23 de fevereiro de 2014

Boa: “Cientistas criam ‘detector de mentiras’ para redes sociais”

 
A ideia é de que o sistema analise em tempo real se determinado assunto é real ou não
 
Quantas vezes nos deparamos com rumores nas redes sociais e muitas vezes não sabemos se é verdade ou mentira. Cientistas de diversas universidades européias vêm desenvolvendo uma espécie de detector de mentiras que é capaz de verificar a veracidade dos conteúdos circulados na internet.
A ideia é de que o sistema analise em tempo real se determinado assunto é real ou não, e ainda identificará se a criação da conta do perfil foi feita apenas para enviar notícias falsas. Os conteúdos analisados incluirão as principais redes sociais, sobretudo o Twitter e Facebook, além de fóruns de domínio público.
O conceito do sistema de detecção de mentiras foi elaborado durante os conflitos em Londres há três anos. Além disso, o programa pretende ajudar instituições público-privadas e até mesmo órgãos do governo a rastrear a mentira espalhada via internet.
De acordo com os cientistas, os rumores virtuais podem apresentar quatro características:
Especulação: Quando noticiam sobre o desemprego, crises econômicas e afins.
Controvérsia: No caso de uma guerra, quando não muitos veículos dizem algo, mas a maioria dos dados são infundados.
Má informação: Quando divulgam sobre um dado não preciso e não há uma motivação por trás disso.
Desinformação: No caso de espalhar mentiras, como foi feito no começo do “Programa Mais Médicos”, quando divulgavam salários e uma série de informações para denegrir uma ação do governo.
O programa que se chamará Pheme, terá uma função de reconhecer se o usuário tem propriedade para falar sobre o assunto. Além de identificar as notícias, conversas pelas redes sociais também serão monitoradas, mas não analisarão as imagens divulgadas pela internet, apenas os textos. Inicialmente, o programa será testado com jornalistas e médicos, para que depois seja utilizado por outros profissionais.
A análise das redes sociais já é realizada por jornalistas que atuam na internet, mas agora haverá um programa apenas para que os assessores de imprensa possam ver o que a população tem comentado, e avaliar se é rumor ou não.
 
 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Redução de maioridade penal REJEITADA

PEC abria possibilidade de aplicar penas impostas a criminosos adultos a menores infratores
A CCJ (Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça) do Senado rejeitou ontem, por 11 votos a 8, a PEC 33 (Proposta de Emenda à Constituição), que abria a possibilidade de aplicar penas impostas hoje a criminosos adultos a adolescentes infratores envolvidos em crimes hediondos - como homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro e estupro. A proposta previa a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.

A aplicação da lei penal a esses menores seria permitida desde que um laudo médico comprovasse a sua compreensão sobre a gravidade do delito; a medida fosse reivindicada por promotor da Infância e da Juventude e julgada por juiz de vara especializada na área; e a pena definida fosse cumprida em estabelecimento prisional específico, separado de presos adultos.
A proposta é do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que apresentará recurso para que o Plenário do Senado analise a PEC, apesar da rejeição. Durante o debate, foi levantada também a necessidade da revisão do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), norma legal que pune os menores infratores no Brasil.
O assunto também gera discussões e divide opiniões nas ruas. O Jornal de Limeira percorreu a cidade, na tarde de ontem, para ouvir a população sobre o tema. Em sua maioria, as pessoas acreditam que a redução da maioridade penal poderia diminuir os crimes envolvendo os menores. "Sou a favor. Acredito que esses menores infratores iriam pensar duas vezes antes de cometer qualquer ato de marginalidade. Tenho certeza que se isso acontecer (a redução da maioridade penal), irá melhorar muito", considera o motorista Antônio Brito.
O estudante Marcos Fabiano Rodrigues também é a favor da mudança. "Eu acho completamente válido. Na minha percepção, um adolescente com apenas 15 anos, na maioria das vezes, já possui condições de responder pelos seus atos. Porém, infelizmente, o Brasil não está preparado para tal mudança. Precisa melhorar muitas coisas antes disso. Infelizmente, o Brasil parou no tempo", opina. "Os crimes estão acontecendo e não param. Alguma medida tem que ser tomada. Talvez se reduzisse a maioridade penal, poderia começar a amenizar a situação. Quem sabe", comenta a corretora de imóveis Leila Guarino.

 Você é a favor da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos?