“Cuidado, estamos respirando a morte!” *

Essa frase do jornalista e radialista José de Paiva Netto deve ser muito bem analisada. Ele a cita analisando outro contexto, mas eu aproveito a frase para analisar uma situação atual. E não adianta ficar aí falando de exagero não. Não é nenhuma anunciação do fim dos tempos também. Primeiro analise bem, depois analise de novo e ainda analise mais um pouco, porque tem coisa estranha no ar sim!

Todos nós acompanhamos atualmente devido o desastre no Japão os comentários sobre os problemas que a exposição à radiação causa à saúde humana, câncer, doenças pulmonares, doenças cardíacas, laceração, problemas de pele, problemas de tiróide, problemas no sangue, dentre vários outros. E quando se trata de exposição por longo tempo as conseqüências são piores e duram gerações. Vejamos alguns exemplos de problemas que já enfrentamos no mundo:

- 1979 - Three Mile Island, nos EUA - o reator superaqueceu. A estrutura de contenção externa não chegou a romper, mas houve vazamento de vapor radioativo para a atmosfera.
- 1986 - Chernobyl, na Ucrânia - uma falha humana associada a uma falha no sistema de segurança, gerou superaquecimento do reator que explodiu e lançou na atmosfera partículas radioativa. A pluma radioativa se dispersou sobre a Europa e Ásia chegando afetar 26 países. É considerado o desastre radiológico mais grave até hoje.
- 2007 - Kashiwazaki, no Japão - um terremoto de 6,8 na escala Richter provocou incêndio nas instalações da usina e apesar de todo sistema de segurança ter atuado, houve vazamento de água contaminada com material radioativo. Segundo o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, o esforço dinâmico devido à atividade sísmica foi subestimado.
- 2007 - Espanha – Novembro de 2007 – Usina Nuclear Asco I – Vazamento de material radioativo pelo sistema de ventilação.
- 2008 - Espanha – Outubro de 2008 – Usina Nuclear Asco I – Nova falha provocando vazamento de material radioativo.
- 2009 - Brasil – Maio de 2009 – Registro de vazamento de material radioativo na Usina de Angra II.
- 2009 - Brasil – Novembro de 2009 – Caetité, Bahia – Denuncia de vazamento de material radioativo na Usina da INB (Indústrias Nucleares do Brasil).
- 2011 - Fukushima, no Japão - um terremoto de 8,9 na escala Richter, seguido de um tsunami, abala as estruturas da usina e provoca superaquecimento de quatro reatores. O desastre ainda está em andamento e sua verdadeira extensão ainda é desconhecida.

E no mundo inteiro observamos situações onde as construções de novos reatores ou novas usinas enfrentam problemas. Exemplos:

- França – Construção do Reator Pressurizado Europeu (EPR) da Usina Nuclear em construção Flaminville 3. Os inspetores da agência de segurança nuclear oficial da França (ASN) informam problemas na qualidade e segurança na execução do projeto
- Eslováquia, Finlândia e Brasil (Usina Angra 3), são países que enfrentam problemas semelhantes ao da França com atrasos nos projetos por falta de verba e problemas de segurança e qualidade.
Existem cerca de 440 reatores distribuídos em 30 países, principalmente nos Estados Unidos, França e Japão, que fornecem cerca de 15% da eletricidade mundial.
Em janeiro de 2011, havia 195 usinas nucleares em operação na Europa e 19 em construção, sendo que 11 delas na Rússia.

Agora vamos pensar nos desastres nucleares que ocorreram e ainda ocorrem e não somos informados, pois os governos não permitem vazar algumas informações e quando chega a informação é sempre manipulada e pela metade. Vazam um milhão disso ou daquilo e a informação que chega: Vazou 100 litros somente! É simples entender, o interesse é no lucro rápido e a energia nuclear é um bom caminho pra isso. Que Ecochatos que nada, que Greenpeace que nada, os caras só querem uma verdinha que é o R$!!! Mas será que o aumento de mortes por câncer não tem nada a ver com isso? Tantas pessoas nascendo com deformidades sem explicações cabíveis. E tantas outras coisas mais.

E será que o mundo não tem outras opções de energia? Claro que tem e já estamos cansados de ver novas soluções de energia chamada “limpa” surgindo para a humanidade.

E mesmo após tantos desastres não há nenhuma perspectiva de mudança de cenário, muito pelo contrário, no Brasil o projeto da Usina Angra 3 acaba de receber um incentivo financeiro bem razoável.

Bem, os políticos podem continuar argumentando que a chamada “Energia Limpa” custa caro, mas nós continuaremos falando que o mais importante devere ser a vida humana.

E sinceramente eu acho que tem muita coisa estranha no ar! E você?


*(Frase do Jornalista, Radialista e Escritor: José de Paiva Metto) http://fortaleza.olx.com.br/cuidado-estamos-respirando-a-morte-viver-no-presente-momento-e-administrar-o-perigo-pa-iid-179904086