Sociedade marginal, esse é nosso retrato, é o retrato da
geração de agora, criada pelo descaso e pela falência política, nasceu da falta de limites e da perda dos valores, vivemos na sociedade do caos, onde o direito de
ter é barrado pela vontade inescrupulosa do outro de subtrair o que não lhe
pertence. O descaso pelas camadas menos favorecidas criou um novo ser, aquele
que não experimenta sentimentos adversos ao de raiva e da maldade empregada
pela violência sem limites. Aqueles que hoje sustentam esse país com suor,
trabalho, dedicação e muita coragem, porque para se conquistar com esforço
algo em um país que tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo não pode
ser para qualquer um.
Somos heróis, guerreiros que vencem dia-a-dia essa batalha
absurda de se ter uma vida digna para nós e nossa família. Poder preservar
valores, como; O ato de compartilhar, ajudar,compaixão pelo problema do próximo,
cada dia vai se perdendo perante as calamidades que nos toca a cara. Nossa
raiva talvez tenha ultrapassado o limite da razão de fazer justiça pelas
próprias mãos, amarrar bandidos em postes, espanca-los, o que não vem nos
fazendo diferente deles. Compartilho da mesma indignação, mais vejo que o
caminho não é esse, apesar do ímpeto de levar a fazer isso, em uma visão mais
humana, essa ação só gera mais desastre. O que deve ser feito é uma cobrança e
participação geral da população nas decisões que nos afetam diretamente, sejam
elas relacionas a segurança pública, educação, saúde, finança, por que o
governo somos nós, e para nós que deve ser revertido, não podemos nos eximir da
responsabilidade de ajudar na administração da nossa nação.
Esse país é lindo, de ponta a ponta nos presenteia com
paisagens de tirar o fôlego, gigante, vasto, uma terra rica que alimenta todos
os brasileiros e milhões de pessoas no mundo, temos cientistas fazendo nome lá forá, empreendedores cheios de criatividade, muitos talentos das artes, arquitetos, pensadores e pessoas que fazem valer apena viver e lutar por uma vida melhor nesse pedaço de chão. Falta para nós, assim como vejo
que falta para mim é ousadia no bem, vejo muitos reclamarem, dizendo que vão
morar em outro país que aqui não dá mais. Já pensei nisso, só que se desistirmos
de ter uma terra boa e justa qual será o sentido da nossa existência? Ela será
covarde! deixamos nossa terra prometida como o país do futuro, virar o país obsoleto,
sem vida, sem cor, que não cria, não desenvolve, não gera novas perspectivas.
Estamos descrentes, é natural, pois vemos todos os dias a baderna que fazem com
o dinheiro público, enquanto isso sofremos com a instabilidade e mal
atendimento da prestação pública que deveria ser exemplar e ilibada.
Por outro lado, devemos levar em consideração que parte
dessa culpa também é nossa, pois vivemos décadas deixando a política de lado e
nos preocupando com futebol e cerveja, com aquisições, com o melhorar de vida,
vivendo o lado exacerbado do capitalismo, não que eu seja contra o capitalismo,
não é o melhor sistema que existe, porém com ele você gera competição, renda,
qualificação e cada um pode ter aquilo que consegue produzir com o que faz,
trabalho gerando resultado. O bom seria uma economia solidaria, mais falaremos
disso em outro dia. Não fugindo do assunto, entendo que parte da culpa da
corrupção e da violência que nos assola é nossa, foi deixando de olhar para os
lados, de tanto olhar para o próprio
umbigo que a gente se esqueceu que uma sociedade só vai bem, quando todos os
organismos e componentes estão bem. Quando um órgão do nosso corpo fica doente
todo o nosso corpo padece. Então se um único individuo não estiver amparado por
nós, e o deixarmos “adoecer” esse contamina todo o nosso corpo, ou seja
contamina a sociedade, levando prejuízo, dizimando famílias, por que lá no
passado de alguma forma faltou atenção de autoridades responsáveis e da
sociedade civil. Se nós não pensarmos assim, estaremos fadados ao fim próximo.
Por que nesse ritmo estamos caminhando para um suicídio coletivo. Que cada um
de nós, enquanto ser humano e espiritual possa cumprir com o seu dever cívico,
e que cada um com o mínimo de entendimento que possa ter, seja luz para aquele
que se encontra na escuridão. E que durante e ao final de tudo isso você possa
ser feliz!
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